sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Texto pré-Libertadores - Agora é Guerra!

16 de fevereiro de 2006. Em meio à ansiedade do torcedor colorado pela estréia na Libertadores, Fernando Carvalho dispara, para a América inteira ouvir: "Agora é Guerra". Exatamente seis meses depois, esta mesma América que ouviu a célebre frase, estava se rendendo à paixão colorada. Quatro meses e um dia depois, era a vez do Mundo se render à nossa Guerra. Se rendeu ao nosso amor, se rendeu à paixão colorada.

E é com essa paixão, torcedor colorado, que você deve gritar no Beira Rio, mesmo que ele se cale: 'VAMO VAMO INTER', durante essa Libertadores. Afinal, ainda é guerra. A nossa paixão, a nossa voz nunca se acaba. Temos um jeito diferente de ser, o jeito colorado de viver, de ver e interpretar as coisas. Deixamos de fazer diversas coisas pelo Inter. Isso é amor, torcedor colorado. Nós todos estamos apaixonados por uma causa única, chama Sport Club Internacional. Então, por este amor, grite apaixonadamente no Beira Rio durante as batalhas da Libertadores. Porque não são com armas que se ganha essa guerra, e sim com amor. Amor que nós temos de sobra. Amor à camisa. Amor rubro, que deve ser expresso pela tua voz. Mesmo entre 60 mil irmãos ou até mesmo sozinho no estádio, grite. Grite até que não haja mais voz. Tua voz sedutora, que vai novamente seduzir esta deusa chamada América. Ela é tua, torcedor colorado. Defenda-a com as mesmas garras e dentes que a conquistou.

Você tem ciúme dela. Todos olham para ela expressando a inveja que têm de ti. Grite para espantá-los, pois ela é tua. Mas só depende de ti renovar o namoro com ela. Lembre-se como foi difícil conquistá-la, quantas noites de sono você não perdeu, inclusive a que você comemorou a conquista. Lembre-se da angústia, do tempo que não passava. Lembra de todas as dificuldades que nós passamos juntos para conquistar a América. Como foi difícil, não é? Mas conseguimos. Agora, lembre dos gols de Rafael Sóbis, de Alex, de Fernandão, de Rentería, de Tinga. Dos carrinhos e divididas de Bolívar, Fabiano Eller, Edinho, Índio, Fabinho. Lembre das defesas impossíveis de Clemer. Lembre da ansiedade que durou um mês, esperando por um jogo que parecia não querer acontecer. Um jogo, que para nós, valia muito mais que uma Copa do Mundo. Lembre das dificuldades. Das lágrimas que foram ou não derramadas, mas que estavam ali, prontas para serem choradas. Lágrimas de amor, torcedor colorado.

Lembre do dia seguinte, as bancas de revistas empanturradas de jornais vermelhos, em todos escritos "A América é Vermelha", "Inter conquista a Libertadores", "Haja Coração!". Lembra do teu orgulho. Orgulho que você sentiu ao presenciar esta cena, pensando que valeu a pena esperar tanto tempo. Valeu a pena acreditar tanto tempo. Ali estava a recompensa. Lembre do Fernandão levantando a Taça. Lembre da sua comemoração, no Beira Rio, em um bar, na sua casa, no seu quarto. Misturado à uma massa, dentro de um grupo, sozinho. Lembra da felicidade suprema que foi aquele momento.

Lembrou? Agora, puxe o ar. Pegue bastante fôlego. E grite, para a América ouvir:

AGORA É GUERRA.

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