sexta-feira, 22 de junho de 2007

Texto para o greNAL

Bem, pra recomeçar com tudo, um texto para o greNAL...

Paixão eterna

Duvido que, ao ver o Boca Juniors se proclamando novamente o campeão da América, nenhum colorado sentiu saudade. Afinal, não podemos mais dizer que somos os donos da América; nós já fomos. Não podemos reviver aqueles momentos mágicos, junto aos nossos irmãos colorados, cantando com uma só voz e uma só batida: a do coração. Coração alvi-rubro, que impulsionava e dava forças a Tinga, Sóbis, Fernandão, Bolívar, Eller, Jorge Wagner, Edinho, Alex, Clemer, Rentería, e até para Michel e Gabiru. Todos sentiam a paixão colorada. Que o diga o Libertad, a LDU, o Nacional e o São Paulo. Que o diga o Pumas e o Maracaibo. Que o diga Hidalgo, que posteriormente vestiria o manto sagrado, que disse que, ao entrar em campo e observar e escutar a torcida, suas pernas começaram a tremer. E o Pachuca? Aposto que até hoje seus jogadores têm pesadelos com os gritos da torcida colorada.

Agora lembra. Lembra de tudo. Do empate na estréia, na virada contra o Pumas, com a torcida apoiando o time mesmo com um resultado adverso de dois gols. Lembra do golaço de Rentería, reproduzindo algo nunca visto antes no estádio que sediou a primeira Copa do Mundo. Lembra da angústia que foi esperar uma Copa do Mundo entre dois jogos. Lembra da felicidade que foi estar no Beira Rio e ver que a espera valeu a pena. Lembra do chute do Guiñazú na trave, que rebateu no Clemer e foi para fora. Ali vimos que seríamos campeões. Ali percebemos os momentos mágicos que seriam os gols de Sóbis no Morumbi, calando toda a imprensa paulista. Naquele chute mágico do argentino, pudemos prever a batalha que teríamos já na próxima semana, pudemos prever o Gigante gritando, hurrando pela América. Indo ao êxtase com o gol de Alex. Gol que fez tremer o chão, tamanha a alegria que pulsava no templo sagrado. Alegria transformada em felicidade. Felicidade suprema, que voltou, desta vez no Morumbi, ao Sóbis marcar o seu segundo gol na noite. Felicidade que fez parar o tempo no dia 16 de agosto de 2006, o dia sem fim.

Mas, infelizmente, o dia sem fim acabou. Hoje, não temos mais Sóbis, Tinga, Bolívar, Eller. Mas os seus espíritos estão aqui. Presentes no Gigante, comemorando a conquista da América. Teu espírito está lá. Todos que entram no Templo Sagrado da paixão colorada deixam seu espírito para trás. É impossível resistir a tamanha paixão, a tamanha devoção. É impossível resistir à paixão colorada.

Colorado: você quer reviver tudo isso? Você quer poder dizer novamente que a América é sua? Sim. Então coloque em campo a tua devoção, a tua paixão pelo manto alvirrubro agora. Grite até não haver mais voz. Os espíritos não só de Sóbis, Tinga, Bolívar e Eller estarão presentes; mas também os de Figueroa, Falcão, Escurinho, Mahicon Librelato, Valdomiro e mais incontáveis ídolos. Nenhum resistiu à tua devoção. Estarão presentes, mas o mais importante é se você estará presente. Se você está em dia com a paixão colorada. Se solte, grite mais alto: o Gigante da Beira Rio é seu.

Esta caminhada começará domingo. O teu grito no Gre-Nal será mais do que crucial para a vitória, mais uma vez em busca da América. Mais uma vez, quem sabe, em busca do Brasil. Prove para os gremistas quem é que manda no Rio Grande. Grite e hurre junto ao Gigante. Faça os jogadores gremistas terem calafrios ao pensarem na massa alvirrubra. O dia sem fim acabou, mas não a nossa paixão pelo escudo que ostenta o S, o C e o I entrelaçados. A nossa paixão pelo Sport Club Internacional.

Essa não acaba: é eterna.


Torcedor colorado, vá ao Gigante e grite novamente pela América! A caminhada para o bi não começa próximo ano, começa agora! Vamos mostrar quem é que manda no estado! Vamos gritar, mesmo sem voz! VAMOS AO GIGANTE!!

Artur Duarte

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